segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ela, Manuela - I



Bom, eu escrevi essa série/livro/webnovela/conto quando eu tinha 14 nos. Achei jogado no meu quarto em meio a cadernos e folhas rascunhadas. Pensei que mereciam ser publicadas, então dei uma ajeitadinha nos erros/discordâncias/romancezinho piegas e resolvi postar. Sei não se vocês vão gostar, apenas digam se gostariam de saber a continuação ou não. É isso.

***
O vôo era longo e Jorge vinha ao meu lado. Reclamava da comida, do refrigerante (segundo ele estava sem gás), do ar condicionado (que pra ele era frio em excesso), do atendimento, de mim que estava parecendo uma mendiga enfim. Era a 1° vez que voltava ao Brasil após a perca de Karoline, minha irmã mais velha. Karol foi atropelada por um ônibus enquanto atravessávamos a rua, indo a universidade de Paris para estrangeiros, pegar nosso diploma. Sim, ela morreu prestes a realizar seu maior sonho: se formar no exterior. Um sonho só dela, não meu. Ela perdeu muito sangue e ficou um mês e vinte e quatro dias na UTI de um hospital. Não resistiu. Foram um mês, vinte e quatro dias e 2 horas de tortura. E agora, eu estava voltando para o Brasil, em busca de uma semana de descanso, de trégua. Mas Jorge vinha comigo.
Conheci Jorge em uma época muito vulnerável da minha vida. Ele também era brasileiro, só que do Rio Grande do Sul. Eu estava completando um curso que eu não gostava (turismo), tendo uma vida solitária sem pais num país que não era o meu e minha unica amiga era Karol. É muito difícil ser estrangeira, mas Karol tinha sei lá, nascido para aquilo. Meu namoro com Jorge deu um tempo quando ela foi atropelada: nesse um mês (quase dois), ele foi nos visitar no hospital uma unica vez. Acho que ele não gosta muito desses ambientes, afinal, ele não era mesmo meu amigo "pra momentos bons e ruins" e sim um cara, que provavelmente queria me beijar, e conseguiu, e viu que não iria me levar pra cama se não me pedisse em namoro, e agora estávamos nós: namorando. Patético. E não, ele não conseguiu o objetivo dele... afinal foi aí, depois de ter aceitado o pedido de namoro, que veio a UTI e a coisa toda.
- Manuela, quantas horas de tortura ainda faltam?
- Uma hora apenas. E se você não reclamasse tanto, ajudaria.
Eu só pensava em ver meus pais. Eles foram para França assim que aconteceu tudo, e voltaram assim que Karol faleceu. Eu esperava neles algum consolo. Alguma palavra de quem também está sofrendo, o silencio de Jorge sobre o assunto estava me sufocando. Eu precisava conversar, mas num país estranho, eu não tinha amigos... só Karol. As vezes dava vontade de "ligar" pra ela e conversar. 
Meu pai não gostou de cara do Jorge. Segundo ele os santos "não bateram". Ok. Meu pai nunca foi de gostar nem dos meus amiguinhos, quanto mais um namorado. A verdade é que Jorge estava se mostrando alguém muito ciumento. SUPER CIUMENTO. Antes de viajarmos, ele rasgou uma blusa minha porque disse que tinha um "decote de puta". Aquilo me deixou estressada. Nós mal nos conhecíamos  Estávamos namorando a dois meses, com um mês e vinte e quatro dias de pausa. Para evitar uma briga com ele, deixei que viajasse comigo. As vezes, quando estamos tristes, queremos evitar uma conversa, quanto mais uma briga! Ia ser difícil pro meu pai conviver com ele nessa uma semana. Mais seria importante para mim conhecer QUEM eu estava namorando, afinal de contas. A gente ainda não se conhecia. Pelo menos não no grosso, vocês sabem como são os homens quando querem "pegar" uma garota. Depois, eles mudam completamente... e eu estava agora, experimentando da "mudança" de Jorge, mesmo que ainda gostasse dele. Sim, eu gosto dele. O avião pousou.

10 comentários:

  1. Olá amiga,

    Fiquei curiosa. Escreva o desfecho, sim. Vou ficar esperando, ansiosamente! Beijinhos!

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  2. Estou querendo o desfecho, quando vai sair? rsrs
    Quero saber a respeito do Jorge, me interessei nele.

    clicandolivros.blogspot.com

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  3. Gostei da história! Esses contos sempre me deixam curiosa. auihauhaiuhia
    Escreva mais! E eu não tenho um bom pressentimento com relação ao Jorge... vai saber, né?

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  4. Apesar de ter sido escrita há algum tempo, está muito boa! Eu adorei e acho que esse descobrimento dela sobre o namorado trará muitas surpresas, hein?
    Beijinhos

    Hipérboles
    @hiperbolismos

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  5. Oi Srt!! Super quero a continuação! Não sei se gostei do Jorge, pelo jeito ele é meio reclamão (e machista), mas acredito que ele gosta da Manu... ela que está em uma fase meio difícil! Curiosa sim!! Pode mandar a continuação!!rsrs!

    Bjinhos
    Ju
    asbesteirasquemecontam.blogspot.com.br

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  6. Olá
    Gostei bastante, você escreve bem.
    Continue sim.
    Beijos

    cocacolaecupcake.blogspot.com.br

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  7. O Jorge parece alguém que eu conheço bem, AHAUHUAHAUAHU. Enfim... mas acho que ele gosta dela sim, viu!? A fase também não colabora... toda essa situação. Bem, quero logo a continuação... tô curiosa. HAHAHAH

    Um abraço!
    http://universoliterario.blogspot.com.br/

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  8. Ei ei, Mona. Te convidei para fazer uma tag lá no blog. Literária, sabe? Na verdade, não sei se você já fez ou não, mas olhei seus últimos posts e não vi...
    \o/
    http://fotografandosonhos.wordpress.com/2013/02/26/tag-ler-e-sempre-uma-boa-ideia/
    Se quiser fazer, ficarei feliz \o/

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  9. Gostei do início da história. Não sei bem o que dizer, por estar ainda muito no começo, além de que esse Jorge é um pé no saco. rsrs

    Beijos

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Não gaste teclado: SE NÃO LEU, NÃO COMENTE. Também não tente me enganar: Eu percebo quando a pessoa não leu nada. (Aliás, tem gente que não lê nem isso aqui).