sexta-feira, 15 de março de 2013

Ela, Manuela - O FINAL


Nota da blogueira: ah, finalmente acabei de postar a historia. Após o fim de semana volto a postar novamente. Pretendo escrever outras webs, mas vai ser diferente, porque essa escrevi quando tinha 14 (a maior parte, inclusive esse final) e ficou uma coisa meio romantica demais, tem até um pessoal que reclamou dos personagens perfeitos e tudo mais, mas não estranhem gente, não queria editar muito a historia pra ser engenuazinha mesmo, igual quando tinha 14. Obrigado pelos elogios e todos que acompanharam. Beijo

Abri os olhos e enxerguei tudo branco. Já tinha começado a achar que tivesse morrido, que Jorge talvez tivesse voltado e terminado o serviço que começou, quando a vista começou a desembaçar devagar, e fui reconhecendo uma enfermeira, uma televisão, uma cama, enfim, um hospital (o mesmo que fui visitar o Cauã, da outra vez). Minha primeira reação foi checar minha perna, as duas, pra ver se ainda estavam lá. Respirei aliviada ao ver apenas alguns pontos, o que não geraria uma grande cicatriz e felizmente conseguia mexer ambas as pernas.
- Bom dia! como se sente Manu? - a enfermeira dos cabelos loiros e presos disse, gentilmente.
Bom dia? pensei. Será que estou aqui somente a algumas horas? Olhei o relógio na cabeceira do quarto e vi que eram 6 da manhã, o que me deixou intrigada, porque tudo aquilo tinha acontecido mais ou menos as 10. Foi então que me ocorreu: dormi por um dia todo, perdi várias horas naquela cama.
- Sim... onde estão meus pais? - perguntei, meio tonta.
- Seus pais disseram que iam buscar alguma coisa no supermercado e voltavam pra te buscar. Você vai pra casa jajá...
- Mas porque eu dormi tanto? - quis saber, afinal não estava sentindo nada de dor, e se fosse só por causa daqueles pontinhos, já era pra ter acordado faz tempo.
- Bom, você teve um desmaio causado pelo pânico. Provavelmente a situação que você passou foi muito estressante, e você se assustou. Dormiu bastante por causa dos remédios pra dor, mas já está nova em folha, acredito que os pontos não vão deixar nenhuma cicatriz. - Ela sorriu, examinando minha perna, e eu acabei respirando fundo pela primeira vez. - Não quer saber sobre o seu namorado?
Pensei antes de responder pois não sabia se ela estava falando do idiota que me deu uma facada, ou do lindo que talvez tenha me salvado. É claro que só podia ser o Cauã, não é possível que ela fosse tão inconveniente.
- Ele está ai? - quis saber.
- Está sim. Vou dizer que você acordou.
Minutos depois lá estava Cauã, que já entrou sorrindo no quarto, muito feliz em me ver.
Ganhei milhões de beijos e de "que bom que você está bem" e até uma caixa de chocolate.
- O que você disse para o meu pai... é. Você sabe. - perguntei, afinal, ciumento do jeito que era meu pai ia achar bem estranho eu ter sido encontrada nua e com dois homens brigando no meu apartamento.
- A verdade, ué. Gosto muito do seu pai e ele ficou BEM, BEM chateado, mas vai superar, porque o ódio dele pelo almofadinha é maior - Cauã riu, e eu não consegui segurar a risada também. - Bem, ele já deveria ter previsto que qualquer negão feio como eu se apaixonaria pela filha morena gata dele. Ah, o almofadinha, ele está preso, mas eu também estou meio encrencado.
- O que você fez? - perguntei, com os olhos arregalados
- Digamos que o almofadinha contratou um advogado e me processou por eu ter "exagerado". - ele riu.
- Como é exagerar, Cauã? o que você fez?
- Bom, eu bati nele. Mas bati bastante mesmo. Acho que exagerei um pouco, o bastante pra sair do "legitima defesa" e ir pro lado pessoal, sabe? De qualquer forma, seu pai disse que vai bancar meu advogado então, talvez eu não tenha que pagar uns serviços comunitários.
- Mas você pode alegar que ele estava tentando te matar, não é tão grave assim.
- Bom, bati nele na delegacia também. Quase fui preso, e ele já estava desarmado. E antes dele ser algemado também - Ele continuou rindo.
- E você acha bonito, isso?
- Não. Mas se eu não batesse quando tive chance, quem ia fazer isso por mim? Só de ver você nessa cama com esses pontos nessa coxa linda, dá vontade de bater de novo, só que com mais raiva.
Eu ri  mas percebi que ele não foi só quem bateu, pois Cauã estava com uns arranhões horríveis nos braços e o olho meio roxo.
Bom, eu acabei me encontrando com Jorge uma vez só quando fui prestar depoimento do que verdadeiramente tinha ocorrido, e ele estava bem, bem machucado. Também acho que Cauã exagerou, e por isso alguns meses depois o advogado do meu pai não foi páreo (afinal a família de Jorge era muito bem de vida) e Cauã teve que cumprir 2 horas semanais em uma obra pública.
Voltamos a França uma semana depois do ocorrido, minha família inteira, para que eu pudesse fechar o contrato de aluguel, mas levei todo mundo para que pudéssemos passear. Visitar a torre, andar pelas ruas tranquilamente e pela primeira vez a França não me deixou com só lembranças ruins. Cauã e Mari foram conosco, e agora ela era minha cunhada, o que nos deixou mais próximas e não fugimos das compras, claro.
Se eu dissesse a vocês que tudo que aconteceu foi lindo e maravilhoso, estaria mentindo. A perca de Karol ainda mexe muito comigo, e com certeza daria tudo por ela de volta. Mas voltar para a minha família e ter amigos e um namorado do meu lado foi uma dádiva, e é claro que eu estou sabendo aproveitar isso muito bem.

9 comentários:

  1. Oowwnnn!!! Srt. Amei a história... Boa romântica que sou, gostei dela desse jeitinho mesmo!ingenua, do olhar de uma menina de 14 anos... Vc fez bem em não mexer.... A história é fofa... O final da Manu foi ótimo, como deveria ser mesmo... E se eu fosse o cauã faria mesma coisa! Bateria no jorge o quanto pudesse! Hauahua....

    Bjinhos
    Ju
    Asbesteirasquemecontam.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi querida,
    O final ficou muito legal, assim como a historia toda. A ingenuidade do romance deles foi que deu o toque à historia :)

    www.redbehavior.com

    ResponderExcluir
  3. Ô gente. ♥
    Gostei tanto do final! Que bom que acabou tudo bem! E ela com o Cauã!
    Mas sinceramente, acredita que eu cheguei a pensar que o próprio Jorge que tinha matado a Karol. Tipo, que ele tinha dito pra Manu que foi atropelamento, mas daí eu lembrei que a Manu VIU. Mas, bem que poderia ser, né? Ciúmes, vai saber... iuahiuahiuahia
    E eu não achei os personagens "perfeitos" demais não! Pelo contrário. Achei até que aconteceu MUITA coisa pra uma história tão curtinha! Meu coração infartou um milhão de vezes, ok. auhauauhauhauahu ♥

    p.s.: Sou super a favor de mais webs!!!!

    Um beijo, Mona!

    ResponderExcluir
  4. Que bom que tudo acabou bem! O Cauã foi um fofo e o namorado que ela merecia. Adorei essa web e espero mesmo ver mais por aqui! Mesmo quando eu não comentava na parte, eu estava sempre por aqui lendo o que tinha perdido :P
    Beijinhos

    Hipérboles
    @hiperbolismos

    ResponderExcluir
  5. Ahhhh, que bacana que foi o fim. Acabou com um ar tão leve e verdadeiro... gostei muito. Obrigada por compartilhar conosco uma de duas histórias. (: E volte a escrever mais...

    Um abraço!
    http://universoliterario.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Passei esses dias ausente e nem acompanhei o conto todo "/

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  7. Então temos um final feliz! xD

    É sempre muito triste perder alguém que amamos, mas isso faz com que a gente cresça e valorize quem está ao nosso lado. Afinal, nunca sabemos quando será o fim. não é?

    Bom, só li duas partes do conto, essa e outra.. então não sei se entendi tudo certinho.. mas adorei ler! :D

    Adorei o conto! Está de parabéns, linda!

    Bjo

    ResponderExcluir
  8. Finalmenteeeeeeeeeee! Aguardei ansiosíssima pelo final e fiquei feliz com ele! hahahaha. Ficou muito boa a história, parabéns!
    Ah, você disse em um comentário lá no meu blog que seu namorado também passou aqui na UFSCar... Qual foi o curso? E ele vem? É bem bacana a cidade e a universidade também é muito boa...
    Beijos.

    ResponderExcluir
  9. Pronto, li toda a história da Manuela. Vc é muito talentosa! Seu caminho é por aqui! Beijinhos no coração! :)

    ResponderExcluir

Não gaste teclado: SE NÃO LEU, NÃO COMENTE. Também não tente me enganar: Eu percebo quando a pessoa não leu nada. (Aliás, tem gente que não lê nem isso aqui).